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Eu não sei se você sabe, mas atualmente, o banheiro é considerado por muita gente o segundo lugar mais querido da casa – perde apenas para a cozinha. No entanto, foram precisos séculos para que isso acontecesse, já que até pouco tempo atrás, o ato de banhar-se não era bem visto por grande parte da sociedade.
A história do banho não é sinônimo da história da limpeza. Apesar de a higiene pessoal ter seu papel na construção do banheiro como ele é hoje, ela não é o único aspecto. A História nos conta que muitas civilizações usam o banho como forma de proporcionar prazer. Os Egípcios tinham adoração por eles (quem nunca ouviu falar dos banhos em que Cleópatra usava de leite de cabra?). Os Romanos usufruíam de balneários públicos, e os árabes criaram verdadeiros templos dedicados ao banho, os hammam, que ficavam sempre próximos às mesquitas.
Com a ascensão do Cristianismo e, principalmente, da Igreja Católica, esses rituais foram taxados pelo clero de pecaminosos, e o ato de tomar banho, cheio de preguiça, luxúria e vaidade. Dizia-se que São Francisco de Assis considerava a sujeira do corpo uma insígnia divina, e que Santa Agnes nunca tomou banho em sua vida inteira. Na Idade Média, época dominada pelos pensamentos do catolicismo, as pessoas tomavam, no máximo, três banhos por ano – elas chegavam a acreditar que lavar-se fazia mal à saúde e que poderiam deixar as mulheres inférteis.
Foi apenas na Era Vitoriana, por volta do final do século XIX, que essas ideias foram desmistificadas e o banho passou, pouco a pouco, a ser um hábito de todos. É nesse momento que o banheiro passa a ser um ambiente da casa onde menos se encontra conforto, pois ele era apenas funcional, servia só para a higiene pessoal. Continue lendo ‘HISTÓRIA DO BANHO’